Vultee A-31 e A-35 Vengeance

História e Desenvolvimento.
A empresa Aircraft Manufacturing Co. Vultee Division, foi fundada no ano de 1932, nos Estados Unidos pelo projetista Gerard F. Vultee, um jovem engenheiro que já havia trabalhado com o visionário Jonh Northrop no desenvolvimento do Lockheed Vega, ganhando assim experiência necessária que lhe permitiria agora seguir seu próprio caminho mercado de aviação civil. O primeiro projeto desta nova empresa receberia a denominação de Vultee V-1, e fora concebido para competir no exclusivo segmento de transporte executivo. Tratava-se de um veloz monoplano, monomotor, todo metálico, com capacidade para transportar até oito passageiros. O programa de ensaios de voo mostrou-se ser extremamente promissor e ter inclusive registrado recorde de velocidade e autonomia, conquistando como primeiro cliente a empresa American Airlines com aquisição de quatorze aeronaves que passariam a ser empregadas em rotas domésticas. O segundo operador civil a empregar o modelo seria a empresa Bowen Airlines do Texas. Curiosamente sete aeronaves que antes pertenceram a American Airlines e outras oito células foram empregadas pelas Forças Republicanas durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), com quatro Vultee V-1 sendo capturados e operados também pelas Forças Nacionalistas Espanholas, apresentando assim uma nova faceta para qual o modelo nunca fora pensado inicialmente em seu projeto. Visando atingir um novo nicho de mercado, em 1935 a empresa, daria início ao desenvolvimento de uma versão militar do modelo V-1, apesar das restrições quanto a aeronaves monomotoras para emprego em bombardeio, a empresa resolveu dar sequência no projeto. Esta nova aeronave estava equipada com um motor Wrigth Cyclone SR 1830-F53, de 750 hp de potência, que conservava as excelentes características de desempenho vistas no modelo civil V-1. Basicamente o novo Vultee V-11 empregava o motor, estrutura das asas e o trem de pouso de seu antecessor, sendo as demais partes projetadas do zero, para a nova aeronave. Apresentava como principal missão ataque leve, bombardeio de mergulho (picado) e treinamento avançado. Apesar de não poder ser considerado um sucesso comercial, este modelo atenderia ao propósito de gerar experiência  (know how) para produção de aeronaves militares, ao todo foram fabricadas duzentas e vinte e cinco células para exportação atendendo China Nacionalista, Turquia, Brasil e União Soviética.

Em 1939, a Aircraft Manufacturing Co. Vultee Division , atenta aos acontecimentos políticos e militares na Europa e no Oceano Pacífico, iniciaria estudos conceituais para o desenvolvimento de um novo bombardeiro leve de mergulho. Neste mesmo período, o governo francês, que  mantinha uma missão fixa nos Estados Unidos com a finalidade de adquirir material bélico de todos os tipos, buscava uma aeronave destinada a este tipo de missão, e  neste escopo uma consulta seria feita a esta empresa para a possível aquisição de aeronaves militares. Motivados por este fato, a diretoria da empresa decidiria pelo emprego de recursos próprios para o desenvolvimento do projeto de uma nova aeronave designada como Model 72 (V-72), que tinha como principal objetivo atender as demandas da Força Aérea Francesa (Armée de l'Air). A nova aeronave apresentava configuração monoplano monomotor de asa baixa, com um cockpit (cabine) fechado para dois tripulantes, e estava equipado com um motor radial motor Wright Twin Cyclone GR-2600-A5B-5, refrigerado a ar com potência de 1.600 hp. Estaria armado com seis metralhadoras Browning de calibre .30 (7,62 mm) dispostas nas asas e nas naceles traseiras, podendo ainda transportar até 680 kg de bombas em um compartimento de bombas interno (bombay) e em pontos fixos externos subalares. Seu perfil de voo foi concebido exclusivamente para mergulhar verticalmente sem o levantar da asa, puxando a aeronave para fora do alvo. Para isso, possuía um ângulo de incidência de 0° na asa para melhor alinhar o nariz da aeronave com o alvo durante o processo de mergulho. Os representantes da missão militar francesa demonstraram muito entusiasmo com o projeto, recomendando ao seu governo a aquisição da aeronave, gerando assim um acordo formal para a compra de trezentas células, com um cronograma de entrega das primeiras aeronaves previsto para o início de outubro de 1940. Infelizmente para a empresa norte-americana, a França capitularia perante as forças alemães em junho de 1940, e o contrato deixaria de existir.
Neste mesmo período, os britânicos impressionados com o desempenho dos bombardeiros de mergulho Junkers JU-87 Stuka da Força Aérea Alemã (Luftwaffe), buscavam agregar a Força Aérea Real (Royal Air Force) uma aeronave da mesma categoria. Cientes do desenvolvimento do modelo Vultee V-72 para os franceses, uma comitiva militar da Força Aérea Real (RAF) iniciaria negociações para aquisição de pelo menos duzentas aeronaves, com um contrato sendo celebrado em 3 de julho de 1940, com a opção ainda para posterior aquisição de mais cem células. A aeronave receberia a designação militar de A-31 Vengeance e apesar de se encontrar em estágio de produção, o comando militar britânico enviaria ao fabricante um pleito envolvendo diversas modificações e melhorias, que impactariam no cronograma original previsto no contrato. Esse quadro seria agravado com a implementação do programa emergencial de rearmamento das forças armadas norte-americanas, levando a alteração de prioridades na produção da Aircraft Manufacturing Co. Vultee Division, que voltariam suas atenções as demandas nacionais. Novas modificações seriam solicitadas pelo comando do Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos (USAAC), que resultaria na nova versão designada como Model A-35, que diferenciava do modelo exportação por contar com  a nova versão do motor Wright R-2600-13 Twin Cyclone com 1.700 hp de potência. O primeiro protótipo alçaria voo em 30 de março de 1941, e após um rápido programa de ensaios em voo seria liberado para produção em série. Como a planta fabril da empresa na cidade de Downey já estava comprometida na produção dos treinadores Vultee BT-13 Valiant, esta aeronave passaria a ocupar em regime de parceria as linhas de montagem da Stinson Aircraft Company em Nashville no Tennesse e Northrop Corporation em Hawthorne, Califórnia.

Caberia a Força Aérea Real (Royal Air Force) o batismo de fogo da aeronave, no entanto análises de ameaças possíveis apontavam que aeronave seria muito vulnerável a ação de caças alemães e italianos, optando então pelo veto de seu emprego nos teatros de operações da Europa e Mediterrâneo, com estas aeronaves sendo enviadas para a Birmânia a fim de serem empregadas em operações de bombardeio em apoio às tropas britânicas e indianas nas selvas.  As primeiras aeronaves britânicas foram distribuídas em outubro de 1942 aos grupos de ataque 82º e 110º, passando a realizar as primeiras missões em 19 de março de 1943.  Além destes grupos os Vultee A-31 Vengeance equipariam os esquadrões ingleses 84º e 45º e os 7º e 8º esquadrões da Força Aérea Indiana (IAF). Este modelo foi amplamente empregado em apoio a segunda campanha de Arakan de 1943 a 1944 e nas ações de defesa aos ataques japoneses a Imphal e Kohima, de abril a julho de 1944. Após este período, estas aeronaves começaram a ser gradativamente substituídos do front por aeronaves mais modernas de fabricação nacional, com as últimas missões dos Vultee A-31 Vengeance sendo realizadas em 16 de julho de 1944. Apesar de não estarem mais na linha de frente, dezenas de células foram modificadas para uso como rebocadores de alvos pulverizadores contra mosquitos da malária, usando dispensadores de spray sob as asas. A Força Aérea Real Australiana (RAAF) seria um dos maiores operadores da aeronave, tendo recebido quatrocentas aeronaves, com as primeiras células sendo recebidas em maio de 1942, sendo empregados nas primeiras missões reais durante a campanha da Ilha Selaru, nas Índias Orientais Holandesas. As aeronaves australianas foram retiradas da linha de frente nas unidades de bombardeio a partir de março de 1944, sendo substituídas pelo novos quadrimotores norte-americanos Consolidated B-24 Liberator.
As primeiras aeronaves recebidas pelo Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos (USAAC) em 1942, pertenciam ao modelo Vultee A-31 Vengeance, sendo desviadas dos contratos anteriores de fornecimento a Força Aérea Real (Royal Air Force) sendo seguidos pelos  Vultee A-35. Estas aeronaves seriam destinadas aos Esquadrões de Bombardeio de Mergulho 55º, 56º, 57º, 88º, 309º, 311º, 312º, 623º, 628º, 62º, 630º e 631º, baseados principalmente no continente norte-americano. Apesar de não serem empregados em combate real pela aviação do Exército Americano (US Army), estas aeronaves seriam fundamentais na manutenção da operacionalidade dos pilotos. Posteriormente estes esquadrões seriam reequipados com bombardeiros bimotores North American B-25B e B-25D, extinguindo assim as tarefas de bombardeio de mergulho. Um grande número destes aviões seria ainda convertido para o emprego como rebocadores de alvos, e algumas aeronaves inglesas da versão Vengeance Mk IV foram cedidas a 8ª Força Aérea Americana na Europa para esta mesma finalidade. Nesta mesma época grande parte da frota receberia a designação de Vultee RA-35B (R de restrito), sendo alocados somente para fins de instrução em solo. A Força Aérea Francesa Livre (FAFL) receberia sessenta e sete aeronaves, chegando a equipar três grupos de bombardeio em operação no norte da África. Os franceses, no entanto, desejavam pôr a aeronave em operação o mais rápido possível, e assim sendo não aguardaram a implementação de programas de melhoria de projeto incorporadas nas aeronaves britânicas e australianas. Este lapso resultaria em uma operação não confiável com as células apresentando alto consumo de óleo e grande número de acidentes e falhas técnicas. Como tal, eles foram restritos a operações de treinamento, sendo finalmente retirados do serviço em setembro de 1944.

Emprego na Força Aérea Brasileira.
No início da Segunda Guerra Mundial, o governo norte-americano passaria a considerar com extrema preocupação uma possível ameaça de invasão no continente americano por parte das forças do Eixo. Quando a França capitulou em junho de 1940, o perigo nazista a América se tornaria claro se este país estabelecer bases operacionais nas ilhas Canárias, Dacar e outras colônias francesas. Neste contexto o Brasil seria o local mais provável de invasão ao continente pelas potencias do Eixo, principalmente devido a sua proximidade com o continente africano que neste momento também passava a figurar nos planos de expansão territorial do governo alemão. Além disso, as conquistas japonesas no sudeste asiático e no Pacífico Sul tornavam o Brasil o principal fornecedor de látex para os aliados, matéria prima para a produção de borracha, um item de extrema importância na indústria de guerra. Além destas possíveis ameaças, geograficamente o litoral do mais se mostrava estratégico para o estabelecimento de bases aéreas e operação de portos na região nordeste, isto se dava, pois, esta região representava para translado aéreo, o ponto mais próximo entre os continentes americano e africano. Assim a costa brasileira seria fundamental no envio de tropas, veículos, suprimentos e aeronaves para emprego nos teatros de operações europeu e norte africano. Este cenário levaria a uma maior aproximação política e econômica entre o Brasil e os Estados Unidos, resultando em uma série de investimentos e acordo de colaboração. Entre estes estava a adesão do país ao programa de ajuda militar Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos), que tinha como principal objetivo promover a modernização das Forças Armadas Brasileiras, que neste período estavam à beira da obsolescência em equipamentos, armamentos e doutrina. Os termos garantidos por este acordo, viriam a criar uma linha inicial de crédito ao país da ordem de US$ 100 milhões de dólares, para a aquisição de material bélico, proporcionando ao país acesso a modernos armamentos, aeronaves, veículos blindados e carros de combate. Estes recursos seriam vitais para que o país pudesse estar capacitado para fazer frente as ameaças causadas pelas ações de submarinos alemãs a navegação civil e militar que se apresentavam no vasto litoral do país. Seria decidido também pelo presidente Getúlio Vargas, que o país enviaria a Europa, um contingente expedicionário para colaborar no esforço aliado no teatro europeu de operações. Este vasto programa de reequipamento visava proporcionar ao país, as condições básicas para o estabelecimento de um plano defesa territorial continental e ultramar eficiente. 

Nesta primeira fase do envolvimento do país no conflito, cabia as aeronaves militares brasileiras apenas a realização de voo de presença ao longo do litoral, muitas em vezes em monomotores North American AT-6B e Vought V-65B Corsair. No que tange a aviação de caça,  a recém-criada Força Aérea Brasileira, era a arma que mais necessitava de modernização, pois seus caças de combate mais modernos, estavam representados pelos Boeings F-4B e P-12, que além estarem disponíveis em baixas quantidades, eram completamente obsoletos para aquele momento. Devido as demandas emergênciais na Europa e no Pacífico, este programa previa a implementação em fases, iniciando prioritariamente pelo fornecimento de aeronave de treinamento e conversão, visando assim formar um quadro de pilotos para o atendimento as demandas operacionais. Em seguida a aviação de patrulha seria priorizada com o intuito de fornecer a necessária cobertura aérea para o deslocamento dos comboios militares e civis em deslocamento pelas costas do país. Atendendo a esta prioridade inicial, a efetivação de missões de patrulha e guerra antissubmarino, fornecendo assim proteção para os comboios de navios cargueiros em deslocamento pelo mar territorial brasileiro. Neste estágio o treinamento e edificação das doutrinas operacionais foram aplicadas e supervisionadas por equipes militares norte-americanas. Além das doutrinas de patrulha e guerra antissubmarino seriam transmitidas aos pilotos brasileiros técnicas de bombardeio de queda livre de média altitude e bombardeio de mergulho. Em termos de aeronaves para esta missão seriam recebidas uma quantidade considerável de aeronaves Douglas A-20C Havoc e North American B-25 e B-55J Mitchel destinados a missões de bombardeio de saturação, já para o emprego em missões de bombardeio picado ou mergulho, os acordos previam o recebimento de aeronaves especializadas para este tipo de missão. Os contratos previam o recebimento emergencial de lote de vinte e oito células da versão Vultee A-31 Vengeance, que já estavam em fase final de produção e originalmente se destinavam a Força Aérea Real (Royal Air Force) e foram desviadas para ao atendimento das demandas brasileiras. Este processo possibilitaria que as células pudessem ser recebidas entre agosto e dezembro de 1942. 
Um segundo contrato previa ainda a cessão de mais cinquenta aeronaves, agora na versão mais recente denominada como Vultee A-35 Vengeance, com sua entrega sendo prevista no transcurso do ano de 1943. Porém este prazo não seria cumprido, principalmente devidos a atrasos de padronização de projeto e dos processos nas linhas de montagem do fabricante em sua planta fabril na cidade de Nashville no Tennesse.. Estabelecendo o cronograma americano as aeronaves seriam transladas por pilotos do 4º Ferry Group  (Grupo de Translado) ao Brasil, neste processo uma células seria perdida em uma operação de pouso forçado na cidade de San José na Guatemala. As vinte e sete células remanescentes após o recebimento, foram enviadas para a Base Aérea de Santa Cruz, a fim de serem incorporadas ao 2º Grupo do 1º Regimento de Aviação (RAV). A implementação do modelo foi facilitada neste esquadrão, pois a aeronave apresentava dóceis comandos e excelentes qualidades de voo, com a equipagens se qualificando rapidamente para a operação, podendo em um curto espaço de tempo estarem prontas a realizar missões de patrulha e acompanhamento de comboios ao largo dos litorais fluminense e paulista. Para o comprimento destas missões, além do armamento orgânico de autodefesa, os Vultee A-31 Vengeance eram configurados com uma carga de profundidade Mod. 1 de 325 libras, acomodada no compartimento de bombas, e duas bombas de emprego geral dos modelos AN-M43 de 500 libras ou AN-M30 de 100 libras em cabides subalares. Apesar de atenderem a contento as missões de patrulha, as aeronaves também sofreram as mesmas dificuldades com problemas do grupo motopropulsor, tanto em vista de falhas ou consumo excessivo de alto óleo, com estas deficiências sendo originadas no  ajuste dos anéis dos pistões dos motores. Como consequência, em voos mais longos existia o risco de o motor engripar por falta de óleo, outro problema se referia as bombas elétricas de combustível que periodicamente, apresentavam pane. Este cenário era agravado por dificuldade na obtenção de peças de reposiçao. A somatória destes fatores implicaria na disponibilidade da frota, e logo somente onze aeronaves se encontravam em condições de voo na Força Aérea Brasileira.

Em 17 de agosto de 1944 foi criado o 1º Grupo de Bombardeio (1ºGBP), com sede na Base Aérea de Santa Cruz, como consequência, os Vultee A-31 Vengeance do 2º Grupo (2ºGP),  bem como os  Vultee V-11-GB2 do 1º Grupo (1ºGP),   foram absorvidos por aquela unidade.  O mesmo decreto criaria também o 2º Grupo de Bombardeio (2ºGBP), com sede na Base Aérea de São Paulo. O planejamento original previa que o segundo grupo recebesse os novos Vultee A-35, os contratos do programa Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos) previam a entrega de quarenta aeronaves durante o transcorrer do ano de 1943, porem estes planos foram frustrados por dificuldades técnicas  diversas, que afligiriam ao modelo, incluindo um novo problema de contaminação por ferrugem que atingiriam lotes inteiros de produção. Soluções seriam aplicadas, com o modelo sendo liberado para entrega, assim em meados do ano de 1944 o 4º Ferry Group (Grupo de Transporte) da Força Aérea do Exército dos Estados Unidos (USAAF) seria convocado para iniciar o translado dos Vultee A-35B-VN destinados a Força Aérea Brasileira. Porém durante esta operação sete aeronaves foram vítimas de acidentes motivados por problemas técnicos, em 01 de dezembro de 1944 uma outra aeronave seria perdida em um acidente durante uma operação de pouso na Base Aérea de Santa Cruz no Rio de Janeiro. Consta que uma notificação técnica emitida pela fabricante em conjunto com o comando militar norte-americano, determinaria que todos os Vultee A-35B Vengeance em translado para o Brasil simplesmente parassem de voar, permanecendo onde quer que se encontrassem, e muitas células chegaram a apodrecer no Campo de Caravelas no estado da Bahia.
Quanto aos Vultee A-31 e A-35 remanescentes em operação na Força Aérea Brasileira, ficava claro que localmente seria impossível sanar as dificuldades técnicas apresentadas pelo fabricante face as restrições impostas pela Força Aérea do Exército Americano (USAAF), sendo praticamente impossível manter aberta uma linha de suprimentos entre aquele pais e o Brasil, garantindo assim a efetiva disponibilidade destas aeronaves. Assim o 2º Grupo de Bombardeio (2º GBP) jamais seria ativado, decidindo-se concentrar todos os Vultee A-31 e A-35 junto ao  1º Grupo de Bombardeio (1º GBP), porém este processo não seria concretizado, e no transcorrer de 1947, todas as células destas aeronaves  da versão A-31 seriam recolhidas ao Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PqAerSP), onde seriam desmontados e alienados para venda como sucata. Por sua vez os últimos  Vultee  A-35B seriam reclassificados como avião de instrução no solo e destinados ao acervo da Escola Técnica de Aviação (ETAv). Estes seriam complementados com um solitário Vultee RA-35B-VN, que fora recebido no terceiro trimestre de 1944, sendo então entregue a esta instituição para fins de instrução.

Em Escala.
Para representarmos o  Vultee A-31 Vengeance "FAB 6002" empregamos o novo kit da AZ Model na escala 1/48 do A-31, modelo este que apesar de raro, que peca em níveis de qualidade de acabamento e injeção, sendo necessário muito esmero na preparação e montagem. Para compormos o padrão de pintura empregado em 1944 recorremos decais pertencentes a diversos sets do fabricante FCM Decais.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o padrão de pintura tático empregado pela Força Aérea Real (Royal Air Force), pois se tratavam de células destinadas a esta arma aérea,  que foram desviadas ainda na linha de produção para a Força Aérea Brasileira. Relatos  e fotos de época apontam que este esquema foi mantido até sua desativação.



Bibliografia :
- Aeronaves Militares Brasileiras 1916 / 2015 – Jackson Flores Jr.
- História da Força Aérea Brasileira por :  Prof. Rudnei Dias Cunha - http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/index.html
- Vultee Vegenence - Wikipédia - http://en.wikipedia.org/wiki/Vultee_A-31_Vengeance